Lorenzato sempre esteve despreocupado com normas ou tendências pré-estabelecidas que, aliás, ele conhecia bem em função do longo período que permaneceu na Europa tendo contato com toda a produção artística do continente, desde o Renascimento até as primeiras vanguardas do século XX.
Como artista desejoso em investigar o próprio fazer produzia sua tinta, experimentava suportes e materiais diversos criando texturas com recursos herdados de sua antiga profissão; esculturas e desenhos em placas de cimento; estudos e croquis com papéis que estivessem ao alcance da mão - convites de exposições, caderno do filho, maços de cigarros.
Perceber seu trabalho como um produto de manifestação popular é portanto incorrer num erro, pois seu fazer nada tem de ingênuo. O artista não segue regras estritas nem se apega a estruturas estilísticas pré-determinadas, pois conforme registrou no verso de um trabalho de 1948 é "pintor autodidata e franco atirador. Não tem escolas. Não segue tendências. Não pertence a igrejinhas. Pinta conforme lhe dá na telha. Amém.”
Em toda sua obra Lorenzato elegeu apenas uma regra: a liberdade
quinta-feira, maio 21, 2009
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Liberdade(...)
ResponderEliminar"Tudo está fluindo. O homem está em permanente reconstrução; por isto é livre: liberdade é o direito de transformar-se".
(Lauro de Oliveira Lima)